São Paulo, 30
de maio de 2017.
Bom dia;
Na última semana 25.05.2017, o
Jornal Folha de São Paulo noticiou que “Crise
leva Câmara a incluir ‘distritão’ como opção em reforma para 2018”.
Relembro que em 2015
tal sistema estivera no debate da reforma Eleitoral de 2015, mas tal proposta fora
rejeitada por 267 votos a 210 e 05 abstenções
pelos membros da então comissão especial da reforma política 2015 da Câmara dos
Deputados.
Sendo que tal sistema
consiste em que serão eleitos para eleição de deputados e vereadores (hoje eleição proporcional) os
candidatos mais votados no distrito em disputa.
Ele acaba com o chamado o
quociente eleitoral, e as votações para deputados e vereadores migrariam do
sistema proporcional para o majoritário de votação. Assim, apenas os mais
votados em cada estado ou município seriam eleitos.
Este sistema de voto
existe em apenas 04 países, a saber:
Ilhas Pitcairn, Vanuatu , Jordânia e Afeganistão.
Segundo o cientista políticos Jairo
Nicolau, professor da UFRJ: “o distritão não é usado em nenhuma democracia
tradicional. Os únicos países que o utilizam são a Jordânia e o Afeganistão,
cita depreciativamente. O sistema distritão, usado no Japão pós-guerra, foi
abandonado após os escândalos no começo da década de 1990. “Diversos estudiosos
apontaram o distritão japonês (e lá o país era recortados em pequenos distritos
de até 5 representantes) com um dos principais responsáveis pelo clientelismo,
pela corrupção eleitoral e pela fragilidade dos partidos.”
Já os defensores que
simpatizam com tal sistema, apontam que nele não existirá os chamados “puxadores de votos”; fato que ocorreria
na eleição pelo sistema proporcional de votação que é adotado nos dias de hoje
em nosso país.
Apontam que no chamado sistema "distritão",
a disputa eleitoral ficaria fica mais individualizada, pelo fato de que os candidatos
(deputados e vereadores), são eleitos pela quantidade de votos
recebidos – ganharia o mais votado.
Assemelhando-se a uma eleição majoritária
que temos nos dias de hoje, na qual vence o mais votado (presidente, governador e prefeito).
Apontam ainda os defensores simpatizantes
do sistema 'distritão', que tal modelo diminuirá os custos de campanha, uma vez
que não precisará apresentar muitos candidatos para fazer legenda para atingir
o quociente eleitoral, que deixa de existir".
Fato que não é consenso entre os
deputados da comissão especial de 2017.
Continuaremos o debate
sobre o tema do Sistema Distritão já no próximo dia 02.06.2017....
Até Lá !!
Cordialmente
MARCELO
AUGUSTO MELO ROSA DE SOUSA
Advogado
- Direito Eleitoral e Partidário
Sócio
do Escritório
MELO
ROSA E SOUSA ADVOGADOS ASSOCIADOS
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melorosaesousa.advs@gmail.com
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